segunda-feira, 9 de maio de 2011

Breve introdução à filosofia

A Filosofia sempre é alvo de discussões acaloradas, seja pelos que não entendem nada dela, seja pelos que buscam entendê-la ou os que pretensamente já sabem. Ter atitude filosófica significa não deixar que a vida cotidiana nos engane com sua aparência. Aliás, as aparências na realidade são o que mais nos enganam quando deixamos de lado uma atitude que envolva um pensar mais elaborado e crítico. Às vezes somos levados pelos pensamentos que certamente não proporcionam uma lógica de raciocínio. Por exemplo: suponhamos que na elaboração do meu pensamento procuraria somente entender o mundo por aquilo que somente o meu pensamento me diria sem nenhum direcionamento.

Certamente poderia até viver uma vida feliz sem Filosofia. Mas será que chegaria a algum lugar, sem procurar refletir sobre o que elaborei, sobre se aquele pensamento está correto ou não. Certamente precisarei refletir sobre este pensamento. Através desta reflexão já estarei utilizando as características da Filosofia. Afinal todos os que passam a refletir detidamente estão tendo uma experiência filosófica. Mas será que todos somos filósofos então? Esta é uma pergunta bastante interessante, pois se todos somos filósofos, para que então estudá-la? Poderíamos até responder a esta questão com uma boa dose de lógica: estudá-la para entender o seu significado. Acredito que tal resposta não seja totalmente satisfatória, pois apreender em forma de conceitos a filosofia não nos dará certamente o objetivo a que ela se propõe. Talvez seja possível, na melhor das hipóteses entende-la, por aquilo que os pensadores disseram ou ainda pela forma como o pensador propôs o seu significado.

Mais concretamente talvez possamos entender melhor a Filosofia buscando atitudes filosóficas na nossa vida cotidiana. Certo é que se nos confrontarmos diretamente com ela teremos uma imensa repulsa. Mas quando nos abrimos e deixamos que o seu significado atravesse as nossas ações, as nossas reflexões. Em nossas vidas estaremos já apresentando uma atitude filosófica mais profunda do que simplesmente questionar as coisas por questionar.

Avançando um pouco mais no processo que chamamos de reflexão podemos afirmar ainda que a Filosofia pretende ser a controvérsia, a polêmica, no meio de tanto pensamento que pretende ser mais útil que outros. O pensamento filosófico é daqueles que aprendemos de forma demorada, mas duradoura. Ele é um tipo de cultura que se afasta da “cultura lixo”. Formalizando este ponto, e filosoficamente falando, ele é um pensar profundo, abundante, totalizador, crítico, contestador, elaborado, racional e sempre inovador.

O pensamento filosófico é profundo porque alcança as raízes do pensamento (pesquisar mais sobre se isto é verdade). Ele é abundante porque procura ser completo, não resumido. Ele é totalizador porque procura alcançar o máximo da sua representação. É crítico porque analisa o significado das coisas. É contestador porque se contrapõe a um tipo de pensamento ingênuo e dominador. É elaborado porque traz em si característica de ser completo, por conseqüência complexo. É racional, pois é o que dá ao ser humano a capacidade de pensar logicamente. Enfim, é inovador porque assim que surge uma forma nova de pensar não está fora do pensamento filosófico. Dando assim a possibilidade ao pensamento filosófico ter novos ares.

É exclusivo de a filosofia proporcionar o conhecimento em suas múltiplas faces. Refletir de forma profunda sobre os mais diversos temas.

“Não há nenhuma outra instância onde se reflete sobre o fundamento e os limites do conhecimento, tratando de gerar critérios sobre a distinção entre conhecimento fundamentado e não fundamentado e de tirar fora o ‘obscurantismo’ e a ‘mistificação’ da ciência; nenhum outro âmbito onde se reflete sobre problemas éticos, estéticos, antropológicos, sócio-históricos e culturais, procurando um antídoto contra o dogmatismo, o fanatismo e a intolerância”.

“Uma instância, além disso, onde se desenvolvem as capacidades de argumentação e discussão de idéias explicitamente fundamentadas e com elucidação dos princípios e supostos implicados como modelo privilegiado de qualquer análise, elucidação e avaliação de supostos de um discurso que inclua princípios gerais”. “Tudo isto faz dos cursos de Filosofia uma instância insubstituível na estruturação de uma atitude de abertura mental, de análise, de fundamentação e de exigência de fundamentação, que são imprescindíveis para a participação responsável e livre em uma sociedade democrática” (Navia: in: criticanarede.com). Ela pode também proporcionar “(…) reflexão sobre as condições sociais, culturais e ideológicas que rodeiam e incidem sobre a educação e muito principalmente sobre o ensino desta atividade crítica radical e globalizadora que é a Filosofia” (NAVIA, 2005).

Há que se observar que a filosofia busca os fundamentos em que estão assentados sobre toda a realidade. É lícito observarmos que na nossa sociedade o que geralmente se cultiva nem sempre tem um valor cultural aceitável para que se possam compreender aspectos estudados pela filosofia.

“Na esfera cultural o panorama - em princípio - não é mais alentador: carentes de livros, das fundamentais enciclopédias (que a nossa geração conheceu) e de jornais, os adolescentes - e seus pais - se afundam numa TV de baixíssimo nível cultural, cultivadora de toda a classe de simplismos e imediatismos, onde inclusivamente não escasseiam as mensagens contra-culturais e anti-intelectuais. A abertura que poderia significar o mundo informático resulta também inútil: sem guias, sem docentes que selecionem e coordenem os "sites" de valor cultural, os jovens se submergem nos locais mais banais de limitadíssimos recursos culturais e lingüísticos ou se limitam a uma conversação empobrecida e anônima que antes se desenvolvia de forma mais enriquecedora.

O efeito deste entorno "cultural" sobre o ensino da Filosofia é também importante uma vez que esta requer uma certa base de cultura geral e certas capacidades lingüísticas e de abstração, que nestas condições tendem a ser substituídas por um pensamento concreto e imediatista, e uma linguagem empobrecida, com os quais é muito difícil abordar problemas metateóricos ou abstrair os fundamentos e os princípios.(…) Em realidade, mais que de uma cultura do pósmodernismo, trata-se de uma cultura da frustração reiterada das promessas de mudança sobre a base de décadas de autoritarismo antipopular, que tende a produzir uma espécie de paradoxal pósmodernismo em sociedades não industrializadas e fortemente estratificadas. O certo é que se assiste a uma perda dos projetos utópicos e coletivos, o que gera niilismo, imediatismo, individualismo, depressão e corrupção:
  • cínico "cada um por si";
  • uma sensação real de que as grandes decisões são tomadas em distantes centros de poder, o que gera uma paralisante sensação de impotência e ceticismo;
  • uma perda do papel nivelador da educação, depreciação do esforço de longo prazo e desprestígio da figura docente, que já não opera como modelo de identificação;
  • o homem de expediências ou o jovem com olfato oportunista é o modelo de identificação difundido pelos meios” (NAVIA, 2005).

Filosofia segundo os filósofos

Os alunos me questionavam sobre o que o filósofos diziam, que conceitos construíam sobre a filosofia. Partindo desta linha de raciocínio elaborei este texto incluindo uma série de definições ou pensamentos sobre filosofia. Talvez seja uma forma de encontrar os caminhos da filosofia ou encontrar uma maneira de filosofar.

Na antiguidade Platão escreveu sua opinião sobre a origem da filosofia: “É absolutamente de um filósofo esse espantar-se. A filosofia não tem outra origem”.
Aristóteles a considerava muito mais ciência: "É evidente que a sabedoria [sofia] é uma ciência sobre os princípios e causas.”; “…foi pela admiração que os homens começaram a filosofar…”

Marco Aurélio em 'As meditações' afirma: "Mantenha-se bom, puro, sério, livre de afetação, amigo da justiça, gentil, apaixonado, vigoroso em todas as suas atitudes. Lute para viver como a filosofia gostaria que vivesse." (Marco Aurélio; The Meditations, VI, 30).
Baruch Espinoza, pensador moderno, destaca que "A filosofia é um caminho árduo e difícil, mas pode ser percorrido por todos, se desejarem a liberdade e a felicidade".
Maurice Merleau-Ponty: "A filosofia é um despertar para ver e mudar o nosso mundo".
René Descartes: "Viver sem filosofar é o que se chama ter os olhos fechados sem nunca os haver tentado abrir".
Blaise Pascal: "Fazer troça da filosofia é, na verdade, filosofar".
Paul Valéry: "Meditar, em filosofia, é nos encaminharmos do conhecido para o desconhecido, e aqui defrontar o real".
Friedrich Nietzsche": O esforço dos filósofos tende a compreender o que os contemporâneos se contentam em viver"; "O filósofo, como o entendo, é um explosivo terrível na presença do qual tudo está em perigo".
Cícero: "Ó filosofia, guia da vida!"; "Não há nada de tão absurdo que não saia da boca de algum filósofo"; "Sócrates foi o primeiro a evocar a filosofia do céu à terra, deu-lhe a cidadania nas cidades, introduziu-a também nas casas e obrigou-a a ocupar-se da vida e dos costumes, das coisas boas e das más".
Epicuro: "Se queres a verdadeira liberdade, deves fazer-te servo da filosofia".
Friedrich Schlegel: "Só é possível tornar-se filósofo, não sê-lo. Assim que se acredita sê-lo, cessa-se de se tornar filósofo".
Friedrich Novalis: "Na verdade, a filosofia é nostalgia, o desejo de se sentir em casa em qualquer lugar".
Sêneca:"A filosofia ensina a agir, não a falar"; "Os costumes dos filósofos não estão de harmonia com os preceitos; mas se não vivem como ensinam, ensinam como se deve viver".
Francesco Petrarca: "'Pobre e nua, vai, Filosofia', / diz a multidão pensando no ganho vil"
Marquês de Maricá: "Os filósofos vivem em disputa e morrem na dúvida". "A razão dos filósofos é muitas vezes tão extravagante como a imaginação dos poetas"; "O erro máximo dos filósofos foi pretender sempre que os povos filosofassem".
André Gide:"Quando um filósofo completa uma resposta, já ninguém se lembra qual foi a pergunta".
Guerra Junqueiro: "O filósofo observa e medita. É um espelho que pensa".
Giacomo Leopardi: "Não existe maior indício de ser pouco filósofo e pouco sábio do que desejar uma vida inteira de sabedoria e filosofia".
Johann Gottfried von Herder: "Se a filosofia deve ser útil aos homens, deve fazer do homem o seu fulcro".
La Rochefoucauld:"A filosofia triunfa facilmente sobre os males passados e os futuros; mas os males presentes triunfam sobre ela".
Henry Thoreau: "Nos dias de hoje, existem professores de filosofia; mas não filósofos".
Epicteto: "Qual é a primeira coisa que deve fazer quem começa a filosofar? Rejeitar a presunção de saber. De fato, não é possível começar a aprender aquilo que se presume saber".
Karl Marx: "Os filósofos limitaram-se a interpretar o mundo de diversas maneiras; o que importa é modificá-lo".
Immanuel Kant: "Não se ensina filosofia; ensina-se a filosofar."
(Cf. FILOSOFIA, 2011)


Bertrand Russell, conforme relatado por Simon Singh: "Ciência é o que você sabe. Filosofia é o que você não sabe!" ( Big Bang - Editora Record - Rio de Janeiro / São Paulo - 2006, pág. 459). (FILOSOFIA, 2011).

Noutro sentido, A. Gramsci amplia o campo de radiação de quem seja o filósofo, afinal, todos realmente podem ser: “não se pode pensar em nenhum homem que não seja também filósofo, que não pense precisamente, porque pensar é próprio do homem com tal.”

K. Popper: Falando sobre a filosofia antiga: “A única explicação parece ser que o próprio fundador da escola tenha desafiado os seus discípulos a criticarem sua teoria e que eles tenham transformado esta nova atitude crítica de seu mestre em uma nova tradição”.

Para Gerd Bornheim, pensador brasileiro a Filosofia é:
“O resultado da atividade da razão humana que se defronta com a totalidade do real”.

Para Battista Mondin, pensador italiano:
“Um conhecimento, uma forma de saber e como tal, tem sua esfera particular de competência; sobre esta esfera busca adquirir informações válidas, precisas e ordenadas.”

Marilena Chauí, Pensadora brasileira define os traços da atividade filosófica como:
“Tendência à racionalidade… Recusa das explicações estabelecida… tendência à argumentação e ao debate para oferecer respostas conclusivas para questões… Capacidade de generalização.”(p.27)
E destaca que a filosofia é: “Fundamentação teórica e crítica dos conhecimentos e das práticas.” (p.23).

Maria Lúcia de Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins (Professoras brasileiras) em Filosofando: Introdução à filosofia afirmam que:
“…A filosofia é sobretudo uma atitude, um pensar permanente. É um conhecimento instituinte, no sentido de que questiona o saber instituído.” (p.72)
Maria Lúcia de Arruda Arranha e Maria Helena Pires Martins indicam em Temas de Filosofia que:
“Ela é, antes de mais nada um modo de se colocar diante da realidade, procurando refletir sobre os acontecimentos a partir de certas posições teóricas. Essa reflexão permite ir além da pura aparência dos fenômenos, em busca de suas raízes e de sua contextualização em um horizonte amplo”. (Temas de Filosofia, Aranha, p.77).

Antônio Xavier Teles afirma que:
“…A atividade filosófica mais importante consiste no esforço sincero e na procura inteligente de soluções para os problemas que afligem a época em que vivemos… O interesse primordial da filosofia é com os problemas não resolvidos.” (p.7).

Arcângelo R. Buzzi indica que (Pensador brasileiro):
“Subjetivamente a filosofia consiste no esforço de avivar a luz natural permanente ao nosso ser. Recordar a sabedoria da vida não é acumular informações eruditas nem muito saber. É voltar-se para a luz que já somos. É a arte de pensar por nós mesmos. É um pensar autocorretivo, que investiga a si mesmo com o propósito de pensar melhor.”(p.8)

A filosofia para Agostinho José Soares (pensador brasileiro):
“…na antiga Grécia. preocupava-se com os princípios primeiros de nossa existência e da realidade total (In: V.V.A.A, Introdução ao Pensamento Filosófico, p.13).
…A cada conclusão no exercício filosófico , corresponde a uma nova dúvida, e a cada dúvida um problema. Portanto, refletir filosoficamente é refletir extensa e intensamente” (p.15)
“…Quando pensamos refletidamente (pensar é agir interiormente, operacionalizar internamente) estamos fazendo filosofia” (p15).
… “Então quando é que fazemos reflexão filosófica? Será quando nossa reflexão for radical (buscar a origem do problema), crítica (colocar o objeto do conhecimento em um ponto de crise) e total (inserir o objeto da nossa reflexão no contexto do qual é conteúdo)” (p.22).

Para Maura Iglésias (pensadora brasileira) na introdução do texto Curso de Filosofia apresenta breve exposição indicando:
“Filosofia é uma palavra de origem grega (Philos = amigo; Sophia = Sabedoria) e em sentido estrito designa um tipo de especulação que se originou e atingiu o apogeu entre os gregos, e que teve continuidade com os povos culturalmente dominados por eles: Grosso modo, os povos ocidentais” (Rezende, p.12).
A mesma autora retrata, destacando o pensamento de Aristóteles, como características do “saber filosófico: 1- É um saber de ‘todas as coisas’, um saber universal, num certo sentido nada está fora do campo da filosofia; 2- É um saber pelo saber, um saber livre e não um saber que se constitui para resolver uma dificuldade de ordem prática; 3- É um saber pelas causas; o que Aristóteles entendo por causa não é o que nós chamamos por esse nome, de qualquer forma, saber pelas causas envolve o exercício da razão, e esta envolve a crítica: o saber filosófico é, pois um saber crítico”. (Rezende, p. 13)

Gianfranco Morra (pensador Italiano) destaca que a filosofia considera “os objetos da experiência, mas não se limita à experiência ou a soma das experiências. A filosofia é muito mais um modo diverso e inconfundível de entrar em contato com a experiência, é uma tentativa de ultrapassar a experiência imediata para colher algo de maior e mais profundo” (Morra, p.12).
Morra indicando que “a experiência não pode ir além: ela é incapaz de superar o plano descritivo da imagem. É somente o intelecto – órgão do conhecimento filosófico – que pode obter, com uma abstração mental o conceito de ‘cera’, que permanece sempre idêntico apesar das transformações do pedaço de cera”. (Morra, p.13)
Neste sentido considera-se que a filosofia é um “saber sintético”. “Por definição a filosofia é um conhecimento do absoluto, ainda que se tenha consciência de que o absoluto é inexaurível e todo nosso conhecimento dele, incompleto.” (Morra, p.13)
Morra considera ainda que a filosofia é essencialmente um “saber crítico”, que “não possui um objeto específico” (Idem).
“A filosofia é crítica enquanto refuta a evidência imediata. É uma mediação crítica. Por isso ainda outro caráter: é um conhecimento desinteressado do real” (Idem,15).

Para Roberto Rossi: (pensador Italiano)
“ …se o mundo dos outros e o nosso mundo …realidades expostas sem o poder de despertar surpresas em nós, a filosofia jamais teria nascido, nem o pensar e, conseqüentemente, nem a descoberta, a vontade de pesquisar, as tentativas de solução, o próprio mundo da cultura e da história humana” (Rossi, p.10).
“Filosofar não é simplesmente dar uma opinião, mas fundamentar, objetiva e universalmente, as próprias teses, argumentando a partir delas, para sistematizá-las em coerência com as leis do pensamento e as averiguações esperimentais”(p.13)
“…A Filosofia fundamenta tanto o próprio conhecer como as próprias decisões práticas. Ela, na verdade, expressa no seu raciocinar, na sua reflexão, as suas argumentações, a peculiaridade da existência humana, a própria essência do homem, a sua soberania no universo. A ausência do pensamento filosófico representa a confiança exclusiva na experiência subjetiva, particular individual, interesse de cada um, na emotividade, na irracionalidade, no imediatismo. E isso torna difícil também a comunicação, fechada numa visão tacanha, sem referenciais objetivos, universais, e por isso mesmo, aptos a revelar significados nos quais todo ser humano se possa reconhecer como tal” (p.14)

Miguel Reale (pensador e jurista brasileiro) destaca que a filosofia:
“…Procura sempre resposta a perguntas sucessivas …numa busca incessante de totalidade de sentido, na qual se situem o homem e o cosmos.” (Introdução à Filosofia, Reale, p.4).
“A filosofia é…um conhecimento que converte em problema os pressupostos da ciência” (p.7).
“Eis aí uma noção geral do que entendemos por filosofia, como estudo das condições últimas, dos primeiros princípios que governam a realidade natural e o mundo moral, ou compreensão crítico-sistemática do universo e da vida”. (p.8).

Gilles Deleuze e Félix Guattari (pensadores franceses) apresentam em “O que é Filosofia?” uma definição espantosa:
“A filosofia, mais rigorosamente, é a disciplina que consiste em criar conceitos.” (O que é Filosofia, Deleuze, p.13). Não acreditando que a filosofia seja contemplação, reflexão ou comunicação, os autores destacam que a filosofia seja “conhecimentos por puros conceitos” (15).